dez 13

Plantas Medicinais segundo a USP

Quem nunca tomou um chazinho para curar o resfriado, acalmar a tosse ou melhorar a indigestão? O uso de plantas medicinais é muito antigo, afinal, foi por meio delas que surgiram as primeiras curas ainda em épocas remotas.

Essa herança dos nossos antepassados continua muito presente em nosso dia a dia e cada vez mais cresce a procura por medicamentos fitoterápicos; e isso se dá em razão do fato de eles serem menos agressivos para o organismo.

No entanto, é preciso ter cuidado com a administração de medicamentos provenientes de plantas, porque elas, assim como os medicamentos sintéticos, também podem causar efeitos colaterais. Sendo que algumas plantas podem ser tóxicas para o organismo ou contraindicadas em casos especiais.

Consideremos que as plantas também possuem princípios ativos e que essas substâncias promovem alterações orgânicas que podem ser tanto benéficas como maléficas para a saúde. E nesse ínterim, é essencial conhecer muito bem a planta e os efeitos que ela provoca.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2013 e 2015 o número de procura por medicamentos fitoterápicos no SUS cresceu cerca de 161%. Isso é positivo, mas segundo a Professora Elfriede Marianne Bacchi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, é preciso ter cuidado.

Isso porque é essencial que todas as atividades do princípio ativo da planta sejam estudadas e clinicamente testadas, assim como precisa acontecer a padronização dos medicamentos fitoterápicos. Somente assim pode-se garantir sua eficácia e segurança para a saúde das pessoas.

O cultivo também requer padronização

E não é somente a manipulação do princípio ativo das plantas que exige cuidado para fabricação de medicamentos. Agora também está sendo descoberto que o meio onde elas são cultivadas por influenciar em suas propriedades.

O estudo “Avaliação da variação sazonal dos principais metabólitos secundários e da atividade anti-inflamatória de extratos de Tithonia diversifolia (Helms.) a. Gray (Asteraceae)”, cujo autor principal é Bruno Leite Sampaio, vem mostrar isso.

De acordo com esse estudo foi constatado que os fatores ambientais influenciariam o metabolismo da planta estudada, e com isso, as suas propriedades foram afetadas ao longo de 2 anos. Isso indica que é preciso estar atento também com a forma como as plantas medicinais são cultivadas.

Para as demais plantas utilizadas como medicamento também é preciso estudar a influência do meio em seu princípio ativo, e ter certeza das alterações que isso pode ocasionar para evitar que ou ela não promova o efeito esperado ou então tenha uma ação diferente no organismo.

A utilização de medicamentos fitoterápicos é uma nova opção para tratar diversos tipos de males. Porém, as plantas medicinais precisam ser mais estudadas e sua ação também, assim será possível padronizar a fórmula desse composto para que ele realmente se mostre uma alternativa segura e eficaz que venha complementar ou mesmo substituir o tratamento convencional.

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