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As Duas Faces da Montanha: estudos sobre medicina chinesa e acupuntura

Organizadora: Marilene Cabral

Co-autores: Madel T. Luz, Marcos S. Queiroz, Dennis W. V. Linhares Barsted, Daniel Luz, Marilene Cabral do Nascimento, Maria Inês Nogueira e Lilian Moreira Jacques.

A coletânea organizada por Marilene Cabral orienta o leitor a respeito das denominadas “medicinas alternativas”, especialmente no que se refere à Medicina Chinesa e à Acupuntura, temas que agregam pesquisadores do Grupo “Racionalidades Médicas”.

Os textos fundamentam-se em leituras, experiências e contribuições advindas do campo da saúde e da educação, com enfoques variados. Sentidos e significados dos conceitos “medicina alternativa” e “movimento vitalista”; medicina tradicional chinesa e racionalidade médica; a importância da cosmologia na fundamentação das racionalidades médicas; o processo de legitimação, institucionalização e regulamentação da acupuntura no Brasil; estratégias de diálogo entre diferentes saberes e práticas em saúde, na sociedade contemporânea; a incorporação da acupuntura pelo médico ocidental; as teorias científicas da acupuntura são os temas reunidos e analisados do ponto de vista da cultura, da política, da filosofia e da institucionalização dos saberes e práticas de saúde no Brasil.

Trata-se de uma iniciativa que inaugura a discussão das “medicinas alternativas” na coleção “Saúde em Debate” da Ed. Hucitec e, portanto, atende a uma demanda de leitores – pesquisadores, professores, alunos e gestores do serviço público de saúde – que há muito vêm solicitando bibliografia comprometida com a pesquisa na área específica. Nesse sentido, não só os profissionais do campo da saúde e da educação, na dimensão disciplinar, mas também os curiosos e interessados no tema poderão usufruir de uma boa leitura.

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Carta de Juazeiro

Resultado do I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – Pela reconstrução do modelo de cuidado, a Carta de Juazeiro é construção coletiva de grupos diversos que participaram do evento. Segue abaixo a íntegra da carta.

CARTA DE JUAZEIRO

Nós, representantes dos usuários, profissionais da saúde, gestores e professores de Instituições de Ensino Superior (dos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro) que participamos do I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, realizado na cidade de Juazeiro da Bahia, no período de 29 maio a 02 de junho de 2013, vimos por meio desta carta, encaminhar proposições ao Governo Federal, Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Entidade

s Representativas, movimentos populares e sociedade em
 geral, com o intuito de fortalecer a inserção das Práticas Integrativas no Sistema Único de Saúde como legitimação dos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde.

1. Assumir o entendimento de que o campo das PICs é Inter/transdisciplinar do ponto de vista técnico-científico e da tradição, sendo impossível que qualquer que seja a categoria profissional tenha exclusividade sobre ele;

2. Criar grupo técnico para ampliar o debate sobre o campo das PICs no sentido de analisar a possibilidade de inclusão e ampliação do escopo das práticas na PNPIC;

3. Capacitar e sensibilizar Gestores para formulação de políticas nas esferas municipais e estaduais a luz das diretrizes da Política de Práticas Integrativas e Complementares no SUS;

4. Organizar 1ª Mostra Nacional de PICs para troca de experiências no âmbito do SUS;

5. Incluir o fortalecimento das PICs como uma das prioridades do Pacto pela Vida;

6. Incluir e estruturar os Pontos de Atenção em PICs nas diversas redes de Atenção a Saúde (RAS) do SUS;

7. Orientar estados e municípios a incluírem em seus PPAs recursos de investimento para fortalecimento dos Pontos de Atenção em Práticas Integrativas nas diversas redes de RAS do SUS;

8. Definir a implantação das PICs como um critério de desempenho para certificação do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica;

9. Definir recurso indutor, fundo a fundo, com rubrica específica para a PNPIC dentro do bloco de financiamento da Atenção Básica;

10. Incluir na sala de situação de Saúde do MS o tópico das Práticas Integrativas;

11. Garantir recursos específicos, voltados ao ensino, serviço e pesquisa das PICs para o SUS;

12. Estabelecer metas e indicadores para pactuação e avaliação das PICs em todos os instrumentos formais de gestão no SUS;

13. Inserir o tópico das PICs no roteiro eletrônico do PLANEJASUS que é orientador dos Planos Municipais e Estaduais de Saúde;

14. Promover a integração entre PNPIC e PNEPS-SUS, fortalecendo os espaços existentes e criando novos;

15. Recomendar ao Ministério da Educação a Inclusão da temática das PICs em cursos de formações específicos e nos Projetos Pedagógicos dos cursos de formação em todas categorias profissionais de saúde;

16. Atender as recomendações do relatório final da 14° Conferência Nacional de Saúde com relação às PICs.

Juazeiro, 01 de junho de 2013.”

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PPGSC-UFF: Paradigmas em Saúde e Cultura Contemporânea

O Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (PPGSC-UFF) nasce com o compromisso de desenvolvimento científico do campo da saúde coletiva, buscando incrementar a pesquisa na área e articular o conhecimento acadêmico com os serviços de saúde.

Esta linha tem uma vasta inserção nos diversos temas relacionados ao Planejamento, Formação e Avaliação em Saúde, e Bioética. Prioriza estudos na área dos modelos tecnoassistenciais em saúde, processos e tecnologias de trabalho, associados à avaliação de sistemas e serviços de saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde e/ou da Saúde Suplementar. Formação e educação permanente em saúde. No tema da produção do cuidado têm sido realizados estudos com foco na micropolítica, associados a estudos da subjetividade.

O PPGSC-UFF oferece ainda a disciplina Paradigmas em Saúde e Cultura Contemporânea, coordenada pela profª. Maria Inês Nogueira, que viabiliza o conhecimento de novas abordagens sobre o adoecimento humano. A proposta principal é desenvolver uma reflexão epistemológica sobre os fundamentos de diversos paradigmas em saúde e problematizar a sua convivência na contemporaneidade.

Inicialmente, discute-se o surgimento de novos paradigmas em saúde na segunda metade do século XX. A partir de então a reflexão se volta para as contribuições desses paradigmas na área da saúde, com destaque para alguns de seus aspectos inovadores: a afirmação da Saúde como categoria central; a valorização do Sujeito doente ao invés da Doença; a importância da relação terapeuta-paciente como elemento fundamental do
atendimento; a busca de meios terapêuticos simples, baratos e eficazes em situações comuns de adoecimento e o resgate da autonomia do paciente. Procura-se, paralelamente, estabelecer uma articulação entre essas características e certas premissas humanizantes atuais do campo da Saúde Coletiva, tais como: a ampliação da clínica, o acolhimento, o cuidado e a integralidade das ações de saúde.

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Disciplina Trabalho de Campo Supervisionado (Medicina – UFF)

Oferecida pelo Instituto de Saúde da Comunidade daUniversidade Federal Fluminense (ISC-UFF), a disciplina Trabalho de Campo Supervisionado I (TCS I), obrigatória para alunos do primeiro ano do curso de Medicina da UFF, se constrói na busca da diversificação de cenários de ensino-aprendizagem a partir das seguintes articulações: com a disciplina Saúde, População e Cultura  (Saúde e Sociedade I e Epidemiologia I), com o campo de prática das profissões da área da saúde e com o desafio de tecer uma rede de saberes centrados na integração aprendizagem-extensão-pesquisa.

Seus principais objetivos são refletir sobre práticas médicas em suas dimensões socioculturais, discutir o papel e a responsabilidade ética dos profissionais de saúde e articular sua compreensão teórica com a prática em diversos cenários de aprendizagem. A ementa da disciplina consiste na caracterização qualitativa e quantitativa do cenário ambiental, populacional e psicosocial nos níveis local e municipal, na experiência com trabalhos de grupos e na identificação de grupos, seu papel e tipos de vínculos.

A disciplina é organizada em diversos grupos, dentre os quais, no primeiro período, há um com enfoque no tema das Racionalidades Médicas. Nele, faz-se uma abordagem prático-conceitual das três racionalidades médicas escolhidas para estudo – biomedicina, medicina chinesa e homeopatia. A proposta central é mostrar como cada modelo médico foi construído e como se trabalha com aquele modelo. Inicia-se então uma discussão em sala de aula de cada racionalidade médica em questão, a partir da leitura de textos e de outras dinâmicas associadas (filmes, debates, dramatizações, etc.). São programadas então visitas à instituições de saúde e de ensino relacionadas com as três racionalidades estudadas e a observação dos atendimentos é orientada por um roteiro, elaborado em conjunto com os alunos, com foco nas seguintes questões: impressões sobre o ambiente; relação médico-paciente; articulação da anamnese com os conceitos de illness e disease; observações dos sentimentos do observador.

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I Fórum Estadual de Práticas Integrativas e Complementares de Minas Gerais

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais(SES/MG) através da Coordenação de Práticas Integrativas e Complementares (CPIC) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoverão, entre 20 e 22 de agosto de 2013 em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o I Fórum Estadual de Práticas Integrativas e Complementares de Minas Gerais e o I Seminário Sudeste de Práticas Integrativas e Complementares.

O evento tem entre os seus objetivos o fortalecimento das ações em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na região sudeste do Brasil e reunirá gestores e profissionais de saúde do SUS/MG, além de representantes de todos estados, para discutir a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares (PEPIC) e dar visibilidade às suas cinco principais linhas de ação: a homeopatia, a fitoterapia e plantas medicinais, a medicina tradicional chinesa (acupuntura, práticas corporais, meditação e orientação alimentar), a medicina antroposófica e o termalismo/crenoterapia

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Disciplina Saúde e Sociedade V (Medicina – UFF)

Na graduação médica da Universidade Federal Fluminense (UFF), a disciplina “Saúde e Sociedade V – Fundamentos Culturais das Medicinas – Paradigmas Médicos“, obrigatória no currículo e oferecida no 7º período do curso, é coordenada pelo professor Eduardo Almeida.
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A disciplina é oferecida pelo Departamento de Saúde e Sociedade do Instituto de Saúde da Comunidade da UFF ao 7º período da Graduação Médica. Seus objetivos são: relativizar a medicina centrada na doença e introduzir conhecimentos e paradigmas oriundos da física moderna e das ciências da complexidade, que nos permitem, hoje, compreender o que é a vida. Assim, podemos recuperar em parte a tradição médica vitalista e propor uma medicina centrada na vida, uma medicina de suporte à vida. Ou seja, trabalhar a questão dos paradigmas médicos, aplicada à clínica, dentro de um recorte delineado de um lado pela medicina centrada na doença (paradigma químico-mecanicista) e de outro lado os paradigmas que suportam uma medicina centrada no organismo vivo (sistêmico, energético, informacional, cibernético).
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Acesse o site do departamento aqui.

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Medicina Antroposófica: uma ampliação da arte de curar

Antes mesmo da sua inauguração oficial, a Liga Acadêmica de Medicina e Espiritualidadeda Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) faz uma parceria com a Liga de Medicina Complementar e Integrativa e com a Regional do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica e promove o simpósio “Medicina Antroposófica: Uma ampliação da arte de curar”, ministrado pela Drª. Sheila Grande, euritmista e uma das primeiras médicas do Rio de Janeiro com formação em Medicina Antroposófica. O evento é gratuito e aberto a todo o público interessado em conhecer a Antroposofia e a Medicina Antroposófica, principalmente àqueles da área da saúde. Será no dia 31 de julho de 2013, às 17h, no Espaço Jayme Landmann, sexto andar da Faculdade de Ciências Médicas, onde é ministrado o curso de Medicina da UERJ (campus Hospital Universitário Pedro Ernesto). Não é necessário realizar inscrição e a emissão dos certificados se dará via e-mail posteriormente ao evento.

O que é a Medicina Antroposófica? “A Medicina Antroposófica é uma ampliação da medicina acadêmica que busca compreender e tratar o ser humano considerando sua relação com a natureza, sua vida emocional e sua individualidade. Surgiu na Europa no início do século XX, baseada na imagem do homem trazida pela Antroposofia ou Ciência Espiritual do filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861 – 1925). A pioneira desse trabalho foi a médica Ita Wegman (1874 – 1943), que a partir de diálogos com Rudolf Steiner, desenvolveu as bases de uma nova arte médica, indicando medicamentos e terapias para diversas doenças. Atualmente a Medicina Antroposófica está presente em mais de quarenta países, nos cinco continentes. Muitas são as ações que caracterizam e diferenciam a abordagem dos problemas de saúde pela Medicina Antroposófica. Tudo começa com uma imagem ampliada do ser humano, da saúde x doença e do processo de vida. Diante de uma doença, o médico antroposófico vai considerar o quadro clínico do paciente – seus sintomas, os dados de anamnese, de exame físico, os subsídios de exames laboratoriais ou por imagem – como qualquer outro médico. Mas também vai pesquisar como está a vitalidade desse paciente, o seu desenvolvimento emocional e como ele tem conduzido sua vida através dos anos, sua história de vida ou biografia. O diagnóstico convencional pode, então, tornar-se mais profundo e individualizado. A origem dos desequilíbrios pode ser identificada e transformada através da terapêutica. Esta envolve o uso de medicamentos produzidos com substâncias da natureza – minerais, plantas e até de alguns animais (abelha, corais) – através de técnica homeopática (diluição e dinamização), de processos específicos da farmácia ampliada pela Antroposofia (como é o caso dos medicamentos à base de metais) e de fitoterápicos. Mas também pode ser necessário o uso concomitante de medicamentos convencionais (alopáticos). Além de remédios, o médico antroposófico também prescreve orientações alimentares, de saúde em geral e de estilo de vida, além da possibilidade de trabalho conjunto com as terapias ligadas à Medicina Antroposófica. A formação em Medicina Antroposófica no mundo todo é considerada uma extensão da formação médica acadêmica. Em resumo, a Medicina Antroposófica é uma prática exclusivamente médica, enriquecida pelo trabalho conjunto, interdisciplinar com outros profissionais, tais como: massagistas rítmicos, terapeutas artísticos, euritmistas e psicólogos; todos em busca de uma renovação de sua prática, para a melhoria da qualidade dos tratamentos oferecidos.

out 25

II Simpósio de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas e Racionalidades Médicas

O Laboratório de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde (Lapacis) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) promove, no dia 22 de agosto de 2013 o II Simpósio de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas e Racionalidades Médicas. O evento, realizado na FCM/Unicamp, elege o Cuidado como principal objeto de prática e reflexão e contará com Contação de História, Oficinas, Mesas Redondas, Painel e Cortejo.

Data: 22 de agosto de 2013

Local: Anfiteatro I – FCM / Unicamp

out 25

Carta da Região Sudeste: I Seminário Sudeste de Práticas Integrativas e Complementares

No I Seminário Sudeste de Práticas Integrativas e Complementares, realizado em 22 de agosto de 2013 nas cidades de Betim e Contagem (MG), o grupo de gestores, servidores, usuários, movimentos sociais e acadêmicos da área da saúde reuniu para discutir e partilhar resultados de pesquisas e experiências exitosas dentre as Práticas Integrativas e Complementares.

Como resultado desse processo, produziu-se um documento, a I Carta da Região Sudeste, que ratifica as recomendações da II Carta da Região Sul (07/2013) e sugere novas recomendações. A carta tem textos direcionados ao Governo Federal, às Secretarias de Estado e Secretarias Municipais, aos Ministérios da Educação e da Saúde, ao Conselho Nacional de Saúde, aos Governos dos Estados da Região Sudeste, aos Conselhos de Classe e Associações Científicas e às Universidades.