nov 22

Agora SUS disponibiliza medicamento para Alzheimer

No dia 9 de novembro de 2017 foi publicado no Dário Oficial que o Ministério da Saúde incluiu a substância memantina na lista de medicamentos oferecidos pelo SUS. Ele é indicado para tratamento do Mal de Alzheimer e aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O pedido de incorporação do medicamento na lista do SUS já havia sido feito em julho do mesmo ano, por uma comissão avaliadora. Segundo o relatório, o efeito que a substância promove é pequeno, no entanto, para quem sofre com a doença ele é significativo, e por isso, ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Essa é uma medida importante para o tratamento de casos moderados e graves da doença, já que a memantina impede a ação do excesso de glutamato sobre os neurônios. É essa substância a responsável pela morte das células neurais, por facilitar a entrada de cálcio nelas.

O medicamento não é indicado para casos leves de Alzheimer, mas nos casos moderados a memantina pode ser utilizada sem combinação com outras substâncias. O que não acontece nos casos graves.

Para esses, é preciso que ela seja cominada com medicamentos inibidores de colineterase. Essa substância impede que enzimas destruam o neurotransmissor acetilcolina, que tem função atuante sobre a memória.

O Mal de Alzheimer

Hoje, o Alzheimer é uma doença que acomete cerca de mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. É uma doença degenerativa que costuma afetar pessoas com mais de 85 anos, sendo que 33% delas apresenta o problema.

O Mal de Alzheimer afeta as habilidades cognitivas da pessoa, com constante declínio delas. Com o passar do tempo a memória fica comprometida e a pessoa perde sua orientação no tempo e espaço.

O problema é acompanhado por mudanças de comportamento e também na personalidade. Algumas manifestações agressivas podem surgir. Com isso, a pessoa acaba limitada em suas tarefas diárias e não consegue, muitas vezes, lembrar-se nem mesmo de ter colocado uma panela no fogão, ou então, trancado a porta de casa.

Além da inclusão dessa substância na lista do SUS, o Alzheimer também tem sido foco de estudos e iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, e ainda trazer mais tranquilidade para a família.

Isso porque pessoas com Mal de Alzheimer precisam ser monitoradas constantemente, já que podem representar uma ameaça a elas mesmas, em função de não se recordarem o que estão fazendo, e também acabarem se perdendo ao sair de casa, casos que não são raros.

Por isso, essa é uma vitória no combate a esse mal, que por hora não tem cura, mas que recebe atenção a fim trazer oferecer uma vida mais saudável e segura para quem o possui.

nov 16

SEGURANÇA DO PACIENTE: UMA REALIDADE TRANSFORMADORA?

Nos dias 23 e 24 de novembro, no Anfiteatro V da Faculdade de ciência médicas da UNICAMP, estará acometendo o evento 3ª Jornada de Segurança do Paciente da Região metropolitana de Campinas. O tema central do evento para esse ano será Segurança do Paciente: Uma Realidade Transformadora?

Esse evento é voltado para estudantes da área de saúde, profissionais e também para o público que tem interesse em conhecer mais sobre o tema. Porém as vagas são limitadas e é preciso fazer a inscrição para reservar uma delas.

O público alvo desse evento são os profissionais da área de saúde como técnicos em enfermagem e enfermeiros, também farmacêuticos e técnicos em farmácia, nutricionistas, médicos e outros que atuam no setor.

Também é voltado para os profissionais que trabalham no setor administrativo e também de qualidade na área de saúde e ainda para estudantes do curso de pós-graduação ou graduação também na área da saúde.

O objetivo principal do evento é promover a disseminação de conhecimentos sobre a segurança do paciente e também proporcionar a troca de experiências entre os profissionais da área. Tudo isso com o intuito de favorecer os pacientes que se encontram e são atendidos pelas instituições hospitalares com foco na Região Metropolitana de Campinas.

O foco é que sejam observadas novas formas de atuar no setor visando a adoção de práticas que sejam mais seguras durante a assistência oferecida aos pacientes e também o monitoramento dessas práticas.

O presidente do evento é o Prof. Dr. Antonio Gonçalves de Oliveira Filho. A organização é do Hospital de Clínicas da UNICAMP, que contou com a parceria de outros hospitais da cidade de Campinas e região. Sendo: Hospital Vera Cruz, Hospital Estadual de Sumaré, Hospital da Mulher Dr. José Aristodemo Pinotti, Hospital Municipal Dr. Mario Gatti, Hospital da PUC Campinas, Hospital e Maternidade Madre Theodora, Faculdade de Enfermagem e Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Hospital Renascença de Campinas – Grupo NotreDame Intermédica,  Hemocentro e  Hospital de Caridade São Vicente de Paulo Jundiaí.

Nos dois dias de evento o público poderá participar de diversos momentos para construção de novas ideias, e a apreciação de diversas palestras ministradas por profissionais e representantes do setor de saúde.

Também haverá momentos de mesa redonda para debate de ideias e troca de experiências e informações. E os participantes terão direito ao coffe break e almoço, bem como café de boas vindas.

E para enriquecer o evento ainda haverá uma atração cultural com a apresentação do coral Zíper na Boca, e no segundo dia de evento um momento lúdico para apreciação do trabalho dos Hospitalhaços.

E além da grande contribuição para o conforto dos pacientes o evento também traz uma ação social, sendo que para todos os inscritos é solicitada a doação de um alimento, sendo feijão, leite ou bolacha recheada, que serão destinados para o Lar da Criança Feliz.

Para maiores informações e para fazer a inscrição acesse o site GGBS.

nov 09

Concorrência pela vaga de medicina na USP

Conseguir uma vaga em uma universidade pública é algo que exige extrema dedicação, já que sabemos que nessas instituições a concorrência é alta. Mas em especial alguns cursos são mais concorridos do que outros, e o de medicina sempre está entre aqueles que têm maior número de candidatos por vaga.

E para o curso de medicina da USP essa disputa é ainda mais acirrada, e todos os anos temos uma grande procura. Porém, nesse ano de 2017 os números se mostraram ainda mais expressivos, porque a prura pelo curso na universidade aumentou em relação ao ano 2016.

O crescimento da procura pela vaga de Medicina

Em 2016 o curso de Medicina na USP tinha 63,4 candidatos por vaga. Mas quem está em busca do seu espaço, nesse ano de 2017 teve que se esforçar um pouco mais, porque agora são 135,74 candidatos para cada uma das somente 125 vagas.

Isso aconteceu porque no ano passado eram 295 vagas, e agora tivemos uma redução desse número. Além disso, 50 vagas são para candidatos do ENEM e 120 deixaram de ser oferecidas, porque a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa não utilizará mais a FUVEST.

Mas não foi somente no curso da USP que isso aconteceu, porque em outras instituições de ensino superior a procura por uma vaga de medicina também tem sido alta. Na UNESP de Botucatu são 28.147 candidatos para somente 90 vagas, ou seja, os candidatos somam 312,7 por vaga.

Desde o ano de 1980 a UNESP oferece o curso, tendo seu vestibular realizado pela Fundação Vunesp, e nesse ano o número de inscritos bateu o recorde de concorrência. O aumento em relação ao ano passado foi de 17,5%.

De acordo com Renato Freire , que é diretor executivo da Fuvest, embora o curso da USP tenha mostrado um aumento expressivo na procura em função da redução de oferta de vagas, isso não indica que os candidatos terão maior dificuldade para entrar no curso.

Isso porque segundo ele as vagas continuam sendo ofertadas, porém, agora há outras formas de ingresso pela variação do tipo de processo seletivo. Ou seja, os candidatos ainda têm a sua chance de cursar medicina.

Porém, não podemos ignorar que agora é preciso ainda mais preparo por parte dos candidatos, e dedicação aos estudos. Além de manter a calma na hora da prova e procurar fazer o melhor de si. Os números assustam, mas para quem vem se dedicando e espera por essa oportunidade, apesar da alta procura será possível ingressar no tão sonhado curso de medicina, seja da USP ou outra instituição.

 

nov 01

COP 23

O  mundo vai começar a se comprometer com políticas claras para conter o aumento da temperatura do planeta?

Desde o Acordo de Paris, ratificado na COP 21 em 2015, 195 países fizeram um pacto: limitar o aquecimento a menos de 2°C, com esforços para não passar de 1,5°C.

Contudo, além de estarmos longe da meta, até hoje não está muito claro como chegar até lá. E mais difícil ainda será estabelecer como um país vai fiscalizar o outro.

COP 23 será a finalização d um “Livro de Regras” na prática, um texto com maior detalhamento sobre como alcançar as metas do Acordo de Paris. A COP 23 é a conferência do clima da ONU que acontece a partir desta segunda-feira, dia 06/11,  em Bonn (Alemanha) e vai até o dia 17/11.

O Acordo prevê:

Manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC

Revisão dos compromissos

Verificação

Ajuda financeira aos países em desenvolvimento

Indenizações a países vulneráveis

Transparência

É muito importante ficarmos atentos ao que fazemos para que o aquecimento global continue piorando. Como por exemplo o desmatamento. É sempre importante saber que tipo de madeira estamos comprando e de quem estamos comprando. Nem todas as empresas são confiáveis.

Fica aqui uma dica importante de onde comprar madeira com certificado ecologico: ParquetSP

out 27

90º Congresso Chileno e Internacional de Cirugía

Do dia 01 a 04 de novembro aconteceu em Santiago, no Chile, o 90º Congresso Chileno e Internacional de Cirugía.

Onde 611 trabalhos científicos foram recebidos em diferentes modalidades e as avaliações foram feitas por colegas que realizaram o “Curso de Avaliadores Científicos” da Sociedade, com quase 10 horas de duração, um padrão único, de conhecimento público através de nosso site O processo foi realizado com ignorância, por parte dos avaliadores, não apenas dos autores, mas também do local de trabalho, evitando qualquer tipo de viés nesse sentido.

O objetivo do Conselho de Administração é melhorar a qualidade dos trabalhos apresentados nos congressos, de modo que o requisito de qualidade tenha aumentado progressivamente.

O Prof. Dr. Luiz CArneiroDiretor da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Professor Titular da Disciplina de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivoda Faculdade de Medicina da USP, Vice-Chefe do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Vice-Cheve do LIM 37 – Laboratório de Investigação Medica – Transplante de Fígado FMUSP, e Vice-Chefe do Conselho Diretor do HCFMUSP. Além disso, é Coordenador Responsável do Programa de Pós-Graduação na Área de Cirurgia do Aparelho Digestivo, é Membro do Conselho do Departamento de Gastroenterologia e Membro Titular da Congregação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Recebeu o título de  Honorary Member of the Chilean Society, durante o congresso.

 

 

out 25

I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

Grupos de Pesquisa ligados a diversas Universidades e Profissionais de instâncias distintas do SUS promovem o I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs NE), que ocorrerá entre os dias 30 de maio e 02 de junho de 2013, no Complexo Multieventos no campus de Juazeiro/BA da Universidade Federal do Vale do São Fr
ancisco (UNIVASF).

O evento traz como tema principal “Pela reconstrução do modelo de cuidado”, com o objetivo de criar um espaço de debate pioneiro no Nordeste sobre o estudo e a prática de sistemas complexos de cuidado humano, tradicionais e modernos, em um momento de reconhecida limitação da racionalidade biomédica para dar respostas resolutivas às necessidades em saúde, especialmente no âmbito da Atenção Primária. Nesse cenário, fica reforçada a importância de reconhecermos a diversidade nas racionalidades médicas e práticas integrativas existentes e de analisarmos e potencializarmos suas inter-relações em sistemas formais e informais de saúde, com ênfase nas suas contribuições ao Sistema Único de Saúde.

O I PICs NE consistirá em um espaço de diálogo, formação, análise e fortalecimento de trocas entre diferentes experiências e estudos sobre a temática, destinado a profissionais, professores, pesquisadores e estudantes de diversas áreas da saúde e campos afins, abertos para refletir sobre a ética do cuidado humano, integralidade, sistemas de cuidado e cura não invasivos, valorização do saber tradicional e polí­ticas públicas de saúde.

Serão realizadas conferências, mesas redondas, rodas de diálogo, minicursos, grupos de trabalho com apresentações orais de estudos e relatos de experiências em diversas áreas, lançamento e divulgação de livros, apresentações culturais e muito mais.

Contaremos com a presença de importantes convidados, pesquisadores e profissionais de renome em diversas áreas e que trarão contribuições valiosas ao nosso evento.(saiba mais sobre a programação)

Participe também e contribua para o enriquecimento dos debates enviando trabalhos relacionados aos diversos eixos temáticas do evento para apresentação nos grupos de trabalho. (saiba mais)

Esta iniciativa envolve laboratórios de pesquisa de diversas Universidades do Nordeste brasileiro (UFBA, UNEB, UFPE, UNIVASF, UPE, UFPB, UFRN, UFC), bem como profissionais de diversos serviços municipais de saúde (Salvador/BA, Juazeiro/BA, Aracaju/SE, Recife/PE, Petrolina/PE, João Pessoa/PB, Sobral/CE) e, ainda, Secretarias de Estado (SE, PB, RN) e os Ministérios da Saúde e da Educação.

Ficamos imensamente felizes em trazer um evento como este para o semiárido nordestino! Desejamos construir uma rede para aprender, ensinar e instituir formas de cuidado humano que contribuam para a consolidação de uma rede de atenção universal à saúde sensível às diversidades sociais e culturais, e comprometida com a valorização das relações entre os saberes tradicionais/locais o conhecimento científico.

Damos boas-vindas a todos os participantes do I Encontro Nordestino de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e desejamos que o evento supere todas as expectativas. Em nome da comissão organizadora, desde já, gostaria de agradecer a todos/as pela participação.

out 25

VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde

– Circulação e diálogo entre saberes e práticas no campo da saúde coletiva

Fruto do esforço coletivo da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) em parceria com o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS-UERJ), o Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CBCSHS)reunirá até três mil pessoas entre os dias 14 e 17 de novembro de 2013 na UERJ.

A sexta edição do CBCSHS reunirá acadêmicos e profissionais nas áreas de ciências humanas e sociais voltadas para a saúde sob o tema central de “Circulação e diálogo entre saberes e práticas no campo da saúde coletiva”. Para privilegiar o debate mais aprofundado em torno desse tema e favorecer o intercâmbio da produção científica contemporânea na área, o evento será organizado em 35 grupos temáticos de trabalho, incentivando o debate, a reflexão e o enfrentamento  dos desafios teóricos e práticos da área.

Dentre os grupos temáticos pré-aprovados, está o de Racionalidades Médicas e Práticas em Saúde, que pretende não só estimular a “Circulação e Diálogo entre saberes e práticas no campo da Saúde Coletiva”, como também renovar as categorias analíticas das Ciências Humanas e Sociais em Saúde, relativas ao processo saúde-doença-cuidado na sociedade contemporânea, e promover investigação e socialização acadêmica sobre o tema.

As inscrições poderão ser feitas até 21 de outubro, por cadastro na página do evento e pagamento da taxa de inscrição (com valores promocionais até 04/03/13 e 29/07/13). Os trabalhos científicos poderão ser aprovados nas modalidades ‘exposição oral nas seções dos grupos temáticos’, ‘comunicação breve no formato de pôster eletrônico’ e ‘publicação nos anais do evento’ e os resumos deverão ser enviados até 16 de abril, seguindo às exigências da comissão científica.

Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde

out 25

Retratos da Formação Médica nos Novos Cenários de Prática

Nesse livro, a autora fala sobre os desafios que enfrenta a Educação Médica no que tange à mudança da formação médica tradicional para outra de olhar ampliado, que se apropria das críticas presentes no discurso da Saúde Coletiva brasileira nos últimos anos. Para tal, descreve e analisa a experiência da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (FMUFF) no contexto de sua reforma curricular, pelo acompanhamento dos cenários de prática pelos grupos de alunos e preceptores das disciplinas Trabalho de Campo Supervisionado (TCS) I e II.

O livro conta com uma contextualização político-social da mudança de paradigma entre o “olhar anatomoclínico” – hospitalocêntrico, tecnocentrista e com foco na doença – e o “olhar ampliado”, que se caracteriza pelos conceitos de integralidade, clínica ampliada, intermultidisciplinaridade, tecnologias leves e formação com cenários diversos, culminando nas novas Diretrizes Curriculares dos cursos médicos.

Para construir o estudo, a pesquisadora fez uma abordagem etnográfica, utilizando os métodos de análise documental, observação participativa e entrevistas, tendo como campo a reforma curricular e as disciplinas TCS I e TCS II da FMUFF – e mantendo-se, ao mesmo tempo, perto e distante do “objeto de estudo”. Como resultado o leitor tem acesso aos cenários multidisciplinares de prática vividos pelos alunos dos dois primeiros anos médicos da UFF para trabalhar temas como Envelhecimento, Aids e as Unidades Básicas de Saúde.

Com esses relatos, críticas, análises e discussões, a autora contribui não só para a reflexão sobre as práticas de ensino e compromisso social das faculdades de medicina, mas também para o fortalecimento da Saúde Pública, que se beneficia integralmente da “ampliação” da antiga visão de formação médica.

*Maria Inês Nogueira é médica (FMUFF, 1985), mestre em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz, 1993), doutora em Saúde Coletiva (IMS/Uerj, 2003), professora adjunta do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense desde 2008 e pesquisadora associada do Grupo “Racionalidades em saúde: sistemas médicos e práticas complementares e integrativas”, participando ativamente da linha de pesquisa “Ensino e formação profissional em saúde: questões relativas às distintas racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde”.

out 25

Campanha “Democracia na Saúde Já” – Ecomedicina

Vídeo institucional da campanha “Democracia na Sáude Já”, do grupo Ecomedicina. O objetivo da ação é buscar por meios legais o respaldo da justiça para implementar a Homeopatia no Sistema Único de Saúde.

Mais informações: www.ecomedicina.com.br

 

out 25

Liga de Medicina Complementar e Integrativa da UERJ

Uma atividade de extensão vinculada ao curso de graduação em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(FCM-UERJ), a Liga de Medicina Complementar e Integrativa (Limci) é um exemplo de como o estudo das Racionalidades Médicas vem crescentemente permeando todos os níveis do ensino. Como uma liga acadêmica, a Limci segue dois princípios básicos: compreende as práticas de ensino, pesquisa e extensão; e foi criada e é gerida por estudantes de graduação. A importância disso deve ser enxergada a curto e longo prazo, no sentido de que não só esses estudantes tiveram interesse em conhecer e aprimorar seu conhecimento nas Racionalidades Médicas, como eles serão potenciais vetores de disseminação desse conhecimento. Segue, abaixo, um breve relato cedido pela Gestão 2013 da Limci para o grupo:

“O projeto surgiu em 2007 como uma liga acadêmica, usando a nomenclatura Liga Alternativa, e se tornou em 2009 um projeto de extensão levando os conhecimentos obtidos nas aulas para a sociedade.

A implantação do projeto foi motivada pela crescente divulgação das práticas terapêuticas nos meios de comunicação, acompanhado por um aumento de seus adeptos dentro da sociedade brasileira. Uma grande parte dessas terapias conta com muitos estudos e artigos científicos e são utilizadas há muito tempo pela população mundial. Acupuntura, homeopatia e hipnologia fazem parte da lista de especialidades médicas reconhecidas pelo conselho federal de medicina. Além disso, o governo federal criou em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) o que levou a um aumento considerável dos atendimentos em  homeopatia e acupuntura no SUS, que em 2008 contabilizaram 700 mil atendimento em todo território nacional.

A Liga de Medicina Complementar e Integrativa (LiMCI) é um espaço acadêmico alicerçado no tripé ensino, pesquisa e extensão cujos objetivos são discutir esse tema dentro da faculdade, promover um estudo das práticas complementares utilizadas na saúde brasileira,  buscar a expansão das terapias complementares, criar um ambiente propício ao desenvolvimento de pesquisas nesta área e respeitar a medicina complementar como escolha de cuidado com a saúde, considerando seus riscos e benefícios, principalmente quando associados à terapêutica tradicional.

Ela se estrutura em simpósios e atividades práticas. São 4 simpósios anuais que englobam algumas das principais práticas complementares disponibilizadas no SUS ou aceitas pelo conselho federal de medicina (homeopatia, acupuntura, fitoterapia, medicina chinesa, hipnose) e são abertos aos alunos do 1º ao 6º ano de medicina e também a outros cursos e faculdades. As atividades práticas são restritas aos ligantes e constituem-se de visitas a instituições de ensino com trabalhos nesta área e desenvolvimento de projetos de extensão em escolas e voltados para a população geral. Os simpósios são independentes, porém para ser ligante é necessário ir a três dos quatro eventos e é necessário ter 75% de presença nas atividades práticas.

Nesses 6 anos de existência da liga,  o estudante pode perceber a importância de uma relação médico-paciente centrada na pessoa, que valorize e respeite a fala do outro, bem como sua cultura, crenças e credos, aumentando, com isso a adesão ao tratamento. Foram feitos projetos como ‘Plantando Saúde’ em que a população aprendeu a montar uma horta caseira, a plantar e a cultivar algumas plantas indicadas para o tratamento de doenças do trato respiratório superior, ‘Quiz das plantas’, em que, de uma forma lúdica, foi ensinado sobre as indicações e uso correto de plantas medicinais que são fornecidas nas clínicas de família como fitoterápicos e ‘Um passeio sobre as práticas complementares’ em que buscou-se divulgar as terapias complementares através de banners, folders, vídeos e rodas de conversa. Ademais, foram montados projetos de pesquisa, a fim de avaliar o conhecimento da população, de estudantes de medicina e de médicos quanto as práticas complementares. Além disso, foram apresentados trabalhos em diversos congressos.

A LIMCI, nesse sentido, é um espaço singular de ensino, pesquisa e extensão e sua importância se torna ainda maior visto que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) se manteve resistente ao avanço das práticas complementares, deixando uma lacuna a ser preenchida na formação de seus médicos.”