Diversas doenças que atingem os seres humanos estão relacionadas com seus genes. São doenças hereditárias, mutações e outras alterações que fazem com que o DNA de uma pessoa provoque distúrbios orgânicos.
Porém, existe uma técnica chamada de Crispr-Cas9 que se trata de uma edição genética. Por meio dessa técnica é possível fazer recortes no DNA das pessoas e mudar a composição do seu código genético. Com isso, é combate-se doenças como a diabetes tipo I, lesões agudas nos rins e distrofia muscular.
No entanto, um melhoramento dessa técnica, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Salk, na Califórnia (EUA), possibilitou uma alternativa para alteração de gene sem que fosse preciso fazer esse recorte na composição genética.
Sob liderança de Hsin-Kai Liao, os pesquisadores agora podem usar essa técnica Crispr aprimorada e reduzir o risco de acontecerem mutações indesejadas. Enquanto na primeira técnica utiliza-se uma proteína viva, no novo método utiliza-se uma proteína considerada morta, e alcança-se o ponto específico do mesmo jeito.
A correção do DNA é feita sem cortes e de uma forma indireta. É estimulado o mecanismo conhecido como epigenética utilizando-se um vírus. Ele modifica o meio onde o gene será inserido, e assim, o DNA é preservado íntegro, porém altera-se.
Doenças que foram tratadas por meio dessa técnica
Ainda em estudo, a nova técnica por enquanto apenas foi testada em camundongos. Porém, bons resultados já foram observados para tratamento do diabetes, da distrofia muscular e insuficiência renal. Sendo:
Na diabetes tipo 1:
A resposta ao tratamento se deu nas células do pâncreas, que voltaram a produzir insulina.
Na distrofia muscular:
Foi possível recuperar o crescimento muscular das cobaias, aumentando a manifestação dos genes normais e reduzindo aqueles que estavam provocando a doença.
Na insuficiência renal:
A técnica foi aplicada com sucesso para a desativação dos genes que provocam o mau funcionamento dos rins.
Porém, ainda é preciso aprofundar os estudos para saber se o tratamento provoca efeitos, para isso, as cobaias são observadas a fim de analisar se é possível utilizar o método em humanos. Se os resultados se mostrarem satisfatórios, então, espera-se que dois de seus benefícios sejam para tratamento do Mal de Parkinson e de Alzheimer.
Essa nova técnica de alteração de gene foi aprimorada no ano de 2012 e já foi utilizada em outras áreas de conhecimento também, como na criação de porcos para que não contraiam viroses, também na criação de amendoins que não causem alergias, cães extra musculosos, trigo que resista ao ataque de pragas e também alterações no genoma de embriões humanos.
Essa é mais uma esperança para quem ainda convive com males que no momento a medicina não pode curar. Também uma nova tecnologia que vai permitir alcançar mais qualidade de vida e melhor aproveitamento de recursos em vários setores.
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